Edgar Silva nos distritos do Porto e Braga

Será a força do povo <br>a derrotar a direita

Edgar Silva recebeu em Braga, fez ontem uma semana, um expressivo apoio de representantes laborais. Na iniciativa, garantiu que usará os poderes constitucionais para defender quem trabalha em Portugal e acusou Marcelo Rebelo de Sousa de chumbar no «detector de mentiras».

«Será a força do povo a derrotar Marcelo Rebelo de Sousa», acredita Edgar Silva

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O comício de casa cheia em Maximinos, Braga, não podia ter começado melhor para uma candidatura que se afirma (e é) dos trabalhadores. Das mãos de Amélia Lopes, dirigente do SITE-Norte, Edgar Silva recebeu um postal com assinaturas de dirigentes e delegados sindicais, bem como de membros de comissões de Segurança e Saúde no Trabalho. No total são 1475 representantes laborais que apoiam o candidato à mais alta magistratura portuguesa.

A tarde de campanha na quarta-feira, 13, nos distritos do Porto, primeiro, e Braga, depois, confere verdade à natureza de classe reivindicada (ver notícia nesta página). Mas Edgar Silva faz questão de voltar a sublinhá-la, lembrando também que da jornada emerge uma clara linha de demarcação relativamente às demais.

«Estivemos em empresas contactando de forma directa, identificando situações que confirmam a exploração e penosidade do trabalho». Precariedade, baixos salários, estão entre os problemas constatados, por isso Edgar Silva reclamou a valorização do Trabalho e dos trabalhadores e insistiu no carácter «ímpar e incomparável» de uma candidatura «que não receia, não esconde o dever e a honra de tomar partido». Junto e em defesa «dos trabalhadores e trabalhadoras de Portugal», detalha.

Esta é a candidatura que «assume a “Constituição laboral”», aquela que não encerra qualquer projecto de «truncar [a interpretação e aplicação]» ou «amputar o texto fundamental». Nesse sentido, Edgar Silva assegurou que não hesitará em «usar o poder de veto perante legislação que, venha de quem vier, atente contra direitos, liberdades e garantias de quem trabalha em Portugal».

A hora é agora

Esta é a hora de suster a violação da Constituição a partir da Presidência da República, considerou igualmente o candidato. Como é que isso se faz? Edgar Silva explicou: «Aqueles que sentiram a [justa] indignação para com a usurpação dos seus direitos e rendimentos e até da sua dignidade, têm que estar do lado de Abril, do lado da democracia, a começar pelos direitos de quem trabalha».

Mas «não basta no dia 24 de Janeiro ir votar nos valores de Abril. É preciso ir mais longe» e trazer «todos aqueles para quem a vida azedou fruto das políticas de terrorismo social»; os muitos que viram «a miséria, a fome e o infortúnio do desemprego» serem «sua companhia de casa», acrescentou.

«Será a força do povo a derrotar Marcelo Rebelo de Sousa» e o que este representa. Serão os trabalhadores a impedir que Cavaco e os protagonistas do projecto antilaboral e antipopular, que convergem na candidatura da direita, deixem «na Presidência da República um seu filho predilecto».

Marcelo chumba no polígrafo

Momento alto da intervenção de encerramento no comício em Braga, foi quando Edgar Silva salientou que a falsa independência de Marcelo Rebelo de Sousa não passou no «detector de mentiras». Percorrendo «o filme» do dia daquele candidato – «um dia farto em matéria de «transparência», qualificou –, Edgar Silva recordou que, logo de manhã, em entrevista, Passos Coelho confirmou que na natureza das políticas e na interpretação das funções presidenciais, nada diferencia Marcelo de Cavaco. Ou vice-versa, tanto faz.

Como se isso não fosse suficientemente claro, já na Madeira, continuou a relatar Edgar Silva, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, «não se conteve» e afirmou que ali «o PSD não disfarça o apoio». E «Marcelo Rebelo de Sousa, ali ao lado, dizia que sim, “é verdade, é verdade”».

Por fim, mas não menos importante, «o apoio de peso: o de Alberto João Jardim».

Os drs Albuquerque e João Jardim terão sido «mais sinceros do que se esperava», sugeriu Edgar Silva. Mas se é um facto que «em matéria de independência» do candidato da direita «estamos conversados», não é menos verdade que o que importa fazer sobressair é a identificação de Marcelo Rebelo de Sousa com a política de direita, os seus protagonistas e projectos.

«Viva a máquina da verdade», concluiu Edgar Silva.

Cumprir Abril

Edgar Silva passou a tarde de quarta-feira, 13, em contacto directo com trabalhadores nos distritos do Porto e Braga. Esta não foi a primeira nem a última vez que o candidato dedicou a jornada ao pulsar do mundo do trabalho No dia seguinte, aliás, manteve uma agenda semelhante nos distritos de Viseu, de manhã, e Aveiro, à tarde (ver página 13).

As iniciativas corroboram o que Edgar Silva tem vindo a dizer: a sua é a única candidatura que reserva centralidade ao Trabalho e aos trabalhadores, não deixando que sejam «uma nota de rodapé» na campanha. Tal foi, aliás, reconhecido pelas operárias e operários com quem esteve.

Primeiro na Fico Cables, acompanhado do coordenador do SITE-Norte, Luís Pinto. De sorriso afável, pronto a ouvir e a esclarecer, Edgar Silva aproveitou a troca de turno para meter conversa e deixar em mão um documento da sua candidatura. «Sorte só não chega. Temos de fazer por isso», lembrou a um trabalhador, o qual, antes de passar o torniquete retorquiu: «Portugal merece. Nós merecemos».

Mas ali na Fico Cables a maioria são operárias sujeitas a longas horas de um trabalho repetitivo que lhes desgasta e destrói os tendões, deixando-as com maleitas irreversíveis. Trabalho quase sem pausas e por pouco salário. Daí que a recepção a Edgar Silva, apoiado pelo PCP, tenha sido para aquelas trabalhadoras e trabalhadores mais um momento com quem sempre têm estado ao seu lado. E por isso o candidato foi «o Edgar», cumprimentado com um «xau, até à próxima», ou saudado com garantias de votos e sentidos incentivos, de partida no autocarro que transporta para casa, ou de longe antes de «pegar ao serviço».

Fazer a diferença

Depois da Fico Cables, a comitiva de Edgar Silva rumou à Sakthi, situada cerca de meio quilómetro. A distância entre uma e outra fábrica não se mede, porém, em metros, mas em direitos e rendimentos. Isto ficámos a saber através do responsável do SITE-Norte, Luís Pinto, que antes de acompanhar Edgar Silva na visita à unidade produtiva e nos contactos com os trabalhadores à porta da empresa, explicou que tudo o que ali foi conquistado resulta da unidade, luta e persistência dos operários.

Cenário semelhante denotou-se na Continental-Mabor, em Famalicão, já no distrito de Braga, onde a acção reivindicativa e a resistência dos trabalhadores têm feito a diferença. O mesmo pede Edgar Silva – que os trabalhadores votem para que Abril não fique à porta das empresas e locais de trabalho.




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